Seguindo o debate sobre as investigações brasileiras na 3ª Colpin, a mesa “Investigando o País” trouxe os trabalhos de Leonencio Nossa, do jornal O Estado de S. Paulo, e de Lucio Vaz, publicada no Correio Brasiliense.
“As Guerras Desconhecidas” foi um caderno de 24 páginas, realizada por Leonencio Nossa, sobre 32 revoltas do século XX totalmente desconhecidas e não registradas nos livros de história e longe da memória coletiva do país. Com dados de documentos e depoimentos de pessoas envolvidas direta ou indiretamente, as reportagens mostraram também que 556 civis e 100 militares morreram nos combates. Além da equipe do próprio jornal, nas pequenas cidades os jornalistas contaram com a ajuda de radialistas locais para a busca de fontes, além de entrevistas com historiadores da região.
Leonencio salientou também que o Brasil tem o mito de ser cordial e que, ao contrário dos vizinhos latinos, não parte pra luta. A publicação, no entanto, mostrou que o brasileiro tem sim o sangue quente e que há muitas guerrilhas não conhecidas, de acordo com ele.
Lucio Vaz publicou no jornal Correio Brasiliense a série “Terras Estrangeiras”, na qual mostrou que as melhores terras do país estão em mãos de empresários e empreendedores estrangeiros, sem o controle do governo federal. Muitas das empresas, inclusive, foram registradas como nacionais para burlar a fiscalização. A princípio, a pauta não era exatamente essa, mas surgiu de acordo com análises de dados.
O repórter contou com a ajuda de uma fonte do Incra, que fez o levantamento dos dados filtrando os números por cada município, mostrando onde estavam os maiores investimentos. No Nordeste, os investimentos estrangeiros se concentram no Ceará, onde o governo local também investe na infraestrutura só para atender aos empreendimentos estrangeiros, enquanto boa parte da cidade não tem sequer saneamento básico.
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