Jornalistas da Argentina, México e Equador apresentaram suas investigações sobre o enriquecimento ilícito de personalidades públicas de seus países, na segunda plenária desta tarde.
Daniel Santoro, do jornal argentino Clarín, mostrou a máfia dos medicamentos e o cruzamento de dados que apontaram para a relação entre os negócios de Hugo Moyano e a campanha eleitoral de Cristina Kirchner. Com contas na Suíça e no Uruguai, Moyano também fazia desvios de dinheiro público. “Quando aparecem os paraísos fiscais destes países em uma investigação, é necessário acender a luz amarela”, alerta Santoro.
Mónica Almeida, do jornal El Universo – veículo deste país sede do evento, Equador – relatou como Irina Cabezas, vice-presidente da Assembléia Nacional, obteve um crescimento considerável em seu patrimônio que não correspondia aos seus rendimentos declarados. Com a ajuda de um operador político oculto, ela também ganhou apoio dos seus pares e muito poder no governo. Em um pronunciamento do presidente Rafael Correa, apresentado por Mónica, ele sai em defesa de Irina e classifica a imprensa local de “corrupta”, principalmente o jornal El Universo, que publicou a denúncia.
O patrimônio estrondoso do presidente Felipe Calderón, do México, foi o tema da apresentação de Daniel Lizárraga, da revista Proceso. Nos últimos anos, seus bens cresceram onze vezes e incluem casas e um edifício situados em uma mesma quadra, onde vivem parentes e secretários do presidente para despistar a declaração patrimonial pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário